Os biquínis e a sua história

Sabias que o biquíni já foi proibido em vários países? Ou que o primeiro fato de banho mais parecia um vestido? A moda praia tem uma história rica, cheia de curiosidades, censura, revoluções e, mais recentemente, marcada pela diversidade, sustentabilidade e liberdade de expressão.

Hoje em dia, é difícil imaginar o verão sem um biquíni ou um fato de banho elegante. Mas estas peças, que hoje vestem liberdade, já foram sinónimo de escândalo, proibição e até opressão.

Sim, o caminho da moda praia é tão fascinante quanto o próprio mar. Vem daí, e faz comigo esta viagem pela história do biquíni e do fato de banho — do século XIX até às passadeiras de areia de hoje.

🌊 Quando tudo começou: o século XIX

O conceito de fato de banho surgiu no século XIX. Antes disso, as pessoas usavam roupas do dia a dia para se banhar. Com a crescente popularidade das praias como espaços de lazer, começaram a surgir peças próprias para o banho — mas longe do que conhecemos hoje.

Eram geralmente feitos de lã, longos e pesados, cobrindo quase todo o corpo. Para as mulheres, o conjunto incluía vestidos com calções por baixo. A prioridade era manter a modéstia, não a mobilidade — e muito menos o bronzeado.

Estas peças refletiam os valores sociais conservadores da época, em que o corpo feminino era para ser escondido, e o ato de nadar era quase secundário.

🧵 Viragem de século: o início de alguma liberdade

Já nos primeiros anos do século XX, começámos a ver alterações subtis. Os tecidos continuavam a ser robustos, mas os cortes ficaram mais práticos. As mulheres usavam macacões que mostravam os braços e parte das pernas — um avanço, mesmo que tímido.

A verdade é que a funcionalidade começava a ganhar espaço. Os maillots de malha para mulheres e os calções com peitilho para homens marcaram o início de uma nova era na praia. Nada ainda de bronzeado ou sensualidade, mas a mobilidade começava, aos poucos, a fazer parte da equação.

✨ Anos 20 a 40: silhuetas mais livres e tecidos mais justos

Nos anos 20, o corpo feminino começava finalmente a ter mais protagonismo — pelo menos na moda de praia. Os fatos tornaram-se mais curtos, mais justos, e com decotes discretos. As pernas apareceram, os braços libertaram-se das mangas e, pela primeira vez, surgiam peças com algum toque de estilo.

Nos anos 40, o mundo da moda praia deu mais um salto: surgiram novos materiais e cortes que permitiam ajustar melhor ao corpo. A silhueta ganhava forma e... liberdade. E depois veio o momento que mudou tudo.

💥 1946: o nascimento do biquíni moderno

Foi em Paris, em 1946, que Louis Réard apresentou ao mundo o que viria a ser o biquíni moderno: duas pequenas peças de tecido unidas por nós. Na altura, um escândalo. A tal ponto que foi proibido em vários países — incluindo Portugal.

O nome "biquíni" foi escolhido com intenção. Réard inspirou-se no atol de Bikini, onde os Estados Unidos faziam testes nucleares. Ele queria causar um impacto explosivo na moda. Conseguiu!!

 

🌺 Anos 60 a 80: do escândalo à cultura pop

Com a revolução sexual dos anos 60, o biquíni transformou-se de símbolo de provocação em bandeira de liberdade feminina. Cortes mais arrojados surgiram, como a tanga ou o famoso triângulo, sempre acompanhados por estampados vibrantes.

Os anos 70 e 80 levaram o biquíni para o cinema, para a televisão e para os ícones da época: Brigitte Bardot, Raquel Welch, Ursula Andress — todas elas eternizaram o biquíni na cultura pop.

Foi também nesta fase que nasceu o monokini, um híbrido provocador entre biquíni e fato de banho.

🏄 Anos 90 e 2000: desporto, branding e minimalismo

Com os anos 90 chegaram novas referências: surf, cultura urbana e muito branding. Os biquínis tornaram-se mais cavados, os cortes mais funcionais e os tecidos passaram a ter mais elasticidade e conforto.

Tops bandeau, logótipos em destaque e tangas assimétricas passaram a fazer parte do léxico visual das praias. Surgiram ainda os triquínis, com recortes ousados, usados tanto para nadar como para impressionar num sunset party.

🌿 Hoje: moda praia para todos — literalmente

Atualmente, o universo da moda praia é mais inclusivo, funcional e consciente do que nunca. Há espaço para todos os corpos, todas as idades, todas as histórias.

Vemos biquínis com suporte reforçado, fatos de banho modeladores, modelos com cortes clássicos e outros completamente fora da caixa. A sustentabilidade está no centro do discurso: muitos são feitos com tecidos reciclados como o ECONYL, e há uma valorização crescente da produção local e do trabalho artesanal.

Os tops dos biquínis assumem variadas formas como Bandeau, Bralete, Triângulo, os com armação, entre outros, e as cuecas também elas consoante o seu corte atrás podem ser de corte largo, médio, reduzida ou as altas.

Marcas como a Cosita Linda, da Colômbia, representam exatamente isso: luxo tropical com alma artesanal, feito para mulheres reais, a Maaji da Colômbia representa Reversibilidade e Sustentatibilidade e muitas outras.

🔮 E o futuro?

A tendência aponta para peças mais inteligentes: tecidos com proteção UV, sensores de temperatura, até roupas de banho personalizadas com IA. A moda praia está cada vez mais ligada ao bem-estar, à identidade e, claro, ao planeta.

E se o passado foi sobre esconder, o presente (e o futuro) é sobre mostrar — quem somos, como somos, com orgulho.

✨ Conclusão

O biquíni e o fato de banho percorreram um caminho incrível: da opressão à expressão. Do escândalo à celebração. E a verdade é que cada peça que escolhes hoje carrega um bocadinho dessa história.

Queres escrever o próximo capítulo? Ele começa aqui.

🌺 Explora a nossa coleção

Descobre os nossos modelos exclusivos — pensados para mulheres que celebram o verão com autenticidade, elegância e conforto.